sábado, 21 de outubro de 2017




EDUCAÇÃO GRECO-ROMANA:

A forma a qual gregos e romanos da antiguidade eram educados, era muito relacionada ao seu modo de vida que, ao longo dos séculos, passaram por diversas etapas. E muito de sua arte, sua cultura e conhecimento, influenciaram o sistema educacional de todo o ocidente.

Em ambas as civilizações a educação era centrada, em princípio, no núcleo familiar e em seus sistemas de crenças. As semelhanças e diferenças do pensamento pedagógico de cada civilização serão abordadas separadamente retratando as suas principais características.






A EDUCAÇÃO ROMANA






O pensamento pedagógico em Roma, era assim como na Grécia baseada nas classes sociais. Apenas os que pertenciam a elite tinham direito à educação. Os escravos e pequenos proprietários eram excluídos de tudo que estava relacionado ao poder e por consequência não tinham direito a educação.

Os romanos possuíam um pensamento prático, procuravam obter resultados práticos buscando a concretude dos resultados. "Por isso os romanos sempre consideraram os gregos como um povo visionário e ineficiente, enquanto os gregos consideravam os romanos como bárbaros sórdidos, com força de caráter e valor militar, mas incapazes de apreciar os aspectos superiores da vida." (monroe, P. Op. cit., p. 77.) 

Características gerais :

Tal como na sociedade grega, os romanos usavam o braço escravo para os trabalhos manuais, igualmente desvalorizados. Em contrapartida, a aristocracias se dedicava ao “ócio digno”, ocupando-se com atividades intelectuais, politica e culturais. Por consequência, os educadores orientavam-se pelo modelo adequado à elite dirigente a fim de formar o indivíduo racional, capaz de pensar de forma convincente. 

Os romanos, assim como os gregos, não valorizavam o trabalho manual: separavam a direção do trabalho do exercício deste. Seus estudos são essencialmente humanistas, entendendo-se a humanitas (tradução de paideia) como aquela cultura geral que transcende os interesses locais e nacionais. Os romanos queriam universalizar a sua humanitas, o que acabaram por conseguir através do cristianismo.

No sentido literal, a palavra humanitas significa humanidade e, mais propriamente, de educação, cultura do espirito, algo equivalente à paideia grega. Distingue-se desta, no entanto, por se tratar de uma cultura predominantemente humanística e sobre tudo cosmopolita e universal, buscando aquilo que caracteriza o ser humano, em todos os tempos e lugares. Com o tempo , a humanitas degenerou, restringindo-se ao estudo das letras e descuidando-se da ciências, como veremos.
De maneira geral, podemos distinguir três fases na educação romana:

A educação latina original, de natureza patriarcal;
Influência do helenismo, criticada pelos defensores da tradição;
Por fim, a fusão entre a cultura romana e a helenística, que já supunha elementos orientais, mas com nítida supremacia dos valores gregos.

A fusão dessas culturas trouxe um elemento novo, o bilinguismo, e desde cedo as crianças aprendiam latim e grego. As vezes o ensino era trilíngue , quando as duas línguas principais acrescentava-se a língua local.

Em todas as épocas, no entanto, permaneceram alguns aspectos da antiga educação, qual seja o papel da família, representada pela onipotência paterna -- mas não destituída de afeto--, e pela ação efetiva da mulher, do que é exemplo o célebre tipo da ‘’mãe romana”.

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